Por volta de abril de 2014 surgiu na internet este vídeo, acompanhado da seguinte frase:
"O piloto de um avião comercial esqueceu-se de desligar o mecanismo de pulverização de rastos químicos (chemtrails), quando fez a aterragem do aparelho, ficando patente a pulverização enquanto se aproximava da pista."
O video rapidamente se alastrou pelas comunidades e blogs de chemtrails e se tornou uma febre. Mas. novamente, trata-se de um equívoco. Tal como temos demonstrado em muitas de nossas postagens, este é mais um caso de má interpretação de um fenômeno natural. Não estamos negando a existencia de trilhas permanenetes (chemtrails), mas neste caso em específico não estamos diante de chemtrails. No caso aqui estamos diante de um fenômeno de condensação conhecido em aviação como "Vórtice de ponta de asa" ou "arrasto induzido".

Ele surge devido a diferença de pressão de duas regiões vizinhas. Quando isso ocorre o fluido tende a equilibrar o sistema e flui para esta região mudando, eventualmente, a direção original do escoamento e, com isso, gera vorticidade.

Os vórtices produzidos pelas aeronaves em vôo, geram o arrasto induzido, e este é decorrente da força de sustentação produzidas pelo perfil das asas onde o ar que passa por cima da asa (extradorso) é menos denso (menor pressão) que o ar que passa por baixo da asa ( intradorso) (maior pressão) gerando então uma fuga de ar na ponta da asa no intradorso no sentido do extradorso. Esta característica é tipica dos fluidos que tendem a equilibrar suas pressões igualmente em todas as direções. O vórtice formado gira sempre no sentido da fuselagem da aeronave. Este comportamento do fluido (ar) produz além do arrasto uma perda na sustentação na ponta da asa visto que a maior pressão do intradorso foge em fluxo de ar no sentido da ponta da asa quando sobe e produz o vórtice.
Veja abaixo um vídeo que trás uma coletânea de filmagens de aviões produzindo vórtices:
Segue algumas fotos do fenômeno:
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