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sábado, 30 de julho de 2016

Anonymous revela documentos da NASA provando existência de Chemtrails? Não exatamente, confira!

Gente, por favor, tenhamos dó. As pessoas estão perdendo o juízo... pegando um copo de água e transformando em uma tempestade. Quando saiu essa matéria sobre o suposto vazamento de provas de chemtrails que um grupo de Anonymous hackeou da NASA, eu nem dei muita atenção pois me pareceu ser mais uma das falsas alegações que compõe o mito. Hoje eu resolvi dar uma olhada e realmente não vi nada ali que provasse alguma coisa. Vejamos as alegações:

"Os dados revelam informações sobre a conexão da NASA para pesquisa modificação do tempo em um log de um DC-8 avião, que estava conduzindo um vôo de acordo com seus "efeitos alimentados a combustíveis alternativos em Contrails e as emissões de cruzeiro" do projeto."

Jovens em pesquisas no DC-8
O DC-8 é um avião de pesquisas atmosféricas que atua em um projeto chamado "Programa Ciência Airborne" dentro da "Divisão de Ciências da Terra", que é este projeto da NASA para a pesquisa de processos e interações atmosféricas. Inclusive é um projeto que integra cooperação com universidades e recebe jovens (futuros cientistas) para conhecer o avião e fazer parte das incursões. 

No caso das alegações feitas na matéria dos anonymous eles alegam que o avião DC-8 estaria trabalhando com "efeitos alimentados a combustíveis alternativos em Contrails e as emissões de cruzeiro". E isso é verdade, é exatamente disso que se trata esse projeto: pesquisar para aprimorar conhecimentos atmosféricos, que inclui estudos do comportamento de contrails e afins. O DC-8 é equipado com uma serie de sensores e aparatos de dispersão de gases. Mas esses gases (aerosóis) não são dispersos na atmosfera para "controle climático e redução da população humana dentro de um projeto global de pulverização clandestina". Não existem milhares de DC-8 pulverizando os céus de todo o planeta, somente este único modelo trabalhando em pesquisas atmosféricas.


sensores atmosféricos
É claro que os dados adquiridos pela NASA através deste projeto, podem estar angariando conhecimento sobre o caráter da atmosfera e isso pode vir a ser usado para fins de controle climático. O uso "não humanitário" de conhecimentos científicos se dá em todas as áreas, isso não é novidade. Mas a grande realidade é que isso não implica no fato de haver uma mega operação global de pulverização clandestina. Será que as pessoas não conseguem compreender que uma coisa não implica a outra?

Estudante fazendo pesquisas em curso no DC-8
O que é necessário que as pessoas compreendam é que mesmo que hajam pesquisas e projetos de investigação do clima e da atmosfera (possíveis projetos de engenharia climática) em andamento, os aviões e as trilhas que estão sendo fotografados diariamente em todas as partes do mundo, SÃO AVIÕES COMERCIAIS gerando trilhas de condensação persistente. Qualquer um que se der o trabalho de fotografar essas aeronaves com boas câmeras e rastreá-las no Flightradar24, verá que são aviões comercias ordinários. Se você que está lendo isso agora, não está levando em consideração nada disso, por favor, faça isso: fotografe e rastreie as aeronaves em seu município e concluirá por si mesmo. Depois compartilhe conosco seu material.


A ação dos aviões tem sido metodicamente observada por nós desde os primeiros casos no Brasil, e somos hoje um dos principais veículos nacionais de divulgação do assunto. Sendo assim, nossa afirmação de que não são avião clandestinos os responsáveis pelas "chemtails" e sim aviões comerciais comuns, é baseada em provas objetivas e não em suposições ou conjecturas. O nosso corpo de provas consiste em:

Registros Fotográficos:

5 registros (2014)

20/01/2014 - TAM
15/03/2014 - GOL
28/03/2014 - GOL
24/05/2014 - GOL
03/08/2014 - GOL


Rastreamento Completo ( foto/filmagem + numero do voo + info Flight Radar):

2 rastreamentos

TAM, modelo A-380, número de voo JJ3858 e registro PR-MYV

TAM, modelo A-380, numero de voo JJ3390 e registro PT-MXM.

  Relatos de testemunhas oculares:

3 relatos.

Registros Fotográficos:

REGISTRO 1 - 20/01/2014 - TAM

Avião da TAM, registrado sob os céus da capital de Santa Catarina no ano de 2014. Observe que, mesmo o avião sendo comercial e com passageiros, ele está condensando, PELAS TURBINAS, uma trilha anômala (persistente), que como podemos ver pelas fotos se transformou em uma nuvem artificial. Mais uma prova concreta de que os aviões que estão gerando as trilhas ditas "chemtrails", são na verdade aviões comerciais ou aviões a jato em geral, e não aviões clandestinos pulverizadores. Ou seja a nuvem artificial gerada não foi deliberadamente criada mediante a pulverização de aerossóis, e sim originada (não intencionalmente) pelas turbinas de um avião comercial ordinário.   












REGISTRO 2 - 15/03/2014 - GOL














REGISTRO 3 28/03/2014 - GOL









REGISTRO 4 - 24/05/2014 - GOL









REGISTRO 5 - 03/08/2014 - GOL

Nas imagens abaixo, por exemplo, vemos as fotos de um avião da GOL cruzando os céus da capital de Santa Catarina, e mesmo sendo um avião comercial, ele deixou um rastro permanente, vulgo "chemtrail". 








Rastreamentos ( foto/filmagem + numero do voo + info Flight Radar):

Rastreamento 1
TAM, modelo A-380, número de voo JJ3858 e registro PR-MYV

Em seguida temos outro caso. É um TAM, modelo A-380, com número de voo JJ3858 (numero que aparece no bilhete de embarque), alcançando altitude de cruzeiro (FL370), acerca de 11 mil metros de altura. Foi filmado ao cruzar os céus de Guaratinguetá (SP), vindo do aeroporto de Curitiba (CWB) com destino a Salvador (SSA). Logo abaixo do vídeo temos também o print do numero de voo e o print do rastreamento da aeronave no Flight Radar. Mais um caso de avião comercial gerando trilhas de condensação permanente. 







Rastreamento 2
TAM, modelo A-380, numero de voo JJ3390 e registro PT-MXM.


Este é o TAM, de numero de voo JJ3390 e registro PT-MXM. Atravessou o céu de Guaratinguetá pela aerovia ILMIG, vindo de São Paulo (GRU) com destino a Fortaleza (FOR). A foto revela o rastro permanente deixado por essa aeronave comercial. 





Relatos de testemunhas Oculares:

Relato 1

"Já comprovei que são aeronaves comerciais que deixam esses rastros na maioria das vezes.

Já ocorreu o caso de eu estar monitorando o voo de um conhecido meu que ia de SP pra RS e o voo passava por perto da grande Florianópolis e o voo estava deixando o Rastro permanente.

Agora me diz que dentro das aeronaves tem aqueles tambores de elementos químicos iguais aquelas fotos postadas na net ? Não neh.
Se tivesse algum funcionário da manutenção ou até mesmo o pessoal que coloca as bagagens na aeronave iriam vazar essas informações com videos.

Mas tudo indica que a atmosfera está sofrendo alterações para que estas aeronaves comerciais deixem os rastros permanentes na atmosfera. Estes alterações podem estar ocorrendo por causa das atividades da HAARP

E antes que alguém venha me falar que não sei nada sobre o assunto... Quando vcs nem sabiam sobre este assunto eu ja estava pesquisando sobre ele. Descobri o assunto em agosto 2009 no auge da "gripe Suina" (Influenza H1N1). 

Na época não existia quase nenhum artigo ou material sobre as chemtrails ou geoengenharia Climatica no Brasil. Pesquisava sobre o H1N1 e descobri em um blog dos EUA algo sobre as chemtrails e comecei. Em 2011 registrei alguns flagrantes. Mas no dia 11 de Maio de 2012 foi quando a geoengenharia climática ocorreu em grandes proporções em Floripa. 


Mas enfim, documentários como "O que Estão Pulverizando no Mundo" ajudam a obter informações e teses, mas não respondem todas nossas perguntas. Vejo que as trilhas permanentes são apenas um sinal dessa alteração na atmosfera, pois se vc pensar e usar a lógica, pq os caras iriam liberar pulverização de elementos químicos na atmosfera, você acha que isso não afetaria a saúde dos poderosos e suas famílias, dos políticos, mega empresários.
Eles não usam mascara de gás 24 horas por dia, eles respiram o mesmo ar que a gente.

Vejo que esta alteração na atmosfera pode ser decorrente das atividades das estações da HAARP que estão espalhadas por diversos países. Vejo ligação dessas manipulações climáticas por resultados na economia de um país, se tiver o controle do clima em certa parte vc controla a produção de alimentos e controla a balança comercial. Vejo bastantes coincidências com os produtos Transgênicos da MONSANTO, invadindo as prateleiras do supermercados. Pra mim tudo tem uma ligação."

Relato 2

"Tenho uma contribuição e uma interpretação para compartilhar:contribuição - num voo TAM entre Belém (Pará) e São Paulo, sobre Minas Gerais, por volta das 10 h da manhã, pude observar pela minha janela a sombra do avião em que eu viajava... pude perceber um traço fino e reto projetado paralelo ao meu voo.... era o "chemtrail" do meu próprio voo... interpretação - por ser um voo comercial de rotina, fico induzido a questionar a denúncia... entretanto, isso ajudaria a encobrir algo mais grave que tenho suspeita.... 

Acredito que os rastros dos voos comerciais denunciam algo mais sutil, não menos grave que o ataque químico... acredito que o traço é o resultado de uma queima incompleta do querosene devido à "porcariada" que já está dispersa no ar, ou seja, a turbina (ou o avião) não joga nada de novo, mas torna visível pela queima incompleta aquilo que entra pela turbina junto com o ar... pode ser o metano que está escapando do solo na Sibéria, pode ser querosene não queimado acumulado dos aviões na mesma rota, pode ser os elementos que são espalhados e que já estão homogenizados na atmosfera, pode ser uma série de alternativas.... o que temos certeza é que as turbinas dos voos comerciais nos servem para confirmar a presença de uma grave anomalia na atmosfera, que há anos atrás não ocorria... e isso é concreto."


Relato 3

Foto tirada depois que 2 aviões passaram na mesma rota sentido Cumbica Guarulhos,isto foi em Taubaté S.P formaram 4 rastros no mesmo local,com aviões Boeing Comercial,e vejo que sempre quando há rastros,não é nenhum tipo de aeronave não identificável, e sim de vôos comerciais.


Inicio do 1° rastro,em menos de 5 minutos outro avião na mesma rota deixou um rastro idêntico, ao tamanho não vejo que seja causado pelo avião e sim algo na atmosfera,como disse foram 4 aviões que passaram que eu pude ver e no mesmo local surgiu esses rastros.




A aberração que se tem criado na internet acerca do que sejam os rastros persistentes no céu já tomou proporções irreversíveis. Quando se começa a compreender o real caráter das chemtrails, logo percebe-se que grande parte do conteúdo que existe na internet sobre o assunto se trata de desinformação. Postagens exibindo conteúdo sério sobre fenômeno se tornam difíceis de encontrar em meio a tanta bobagem oriunda da criatividade das pessoas. Nos últimos meses nós viemos paulatinamente expondo tais conteúdos:


Quer saber um pouco mais sobre como rastrear aviões pelo Flightradar 24?



O site Flightradar24 mostra, em estilo Google Maps, milhares de aviões que estão nos céus neste momento. E se você acha que são poucos, confira o mapa com menos proximidade. São tantos aviões, principalmente nos Estados Unidos e Europa, que nem dá para contar quantos são.

É possível também clicar no ícone de cada avião para conferir uma foto da aeronave, no painel lateral esquerdo, além de informações sobre origem e destino.

Flightradar24 é um website que disponibiliza a visualização de aviões do mundo todo, em tempo real, através de mapas; os mapas são fornecidos pela Google.

Além disso, é possível visualizar o programa de voos de aeroportos de todo mundo, podendo pesquisá-los através do próprio site, indo na aba Database e escolhendo a opção World airports.
No canto superior direito do mapa, vê-se as opções: Jump to area e Satellite. A primeira opção serve para levar a visão do mapa diretamente para o continente escolhido (África, Ásia, Europa, América do Norte, Oceania, América do Sul). Já a segunda opção serve para mudar o tipo do mapa, ou seja, sua textura; tem-se a opção Map (semelhante à visão padrão do Google Maps), a opção Satellite (visualização completa do mapa, incluindo pistas de aeroportos, construções e ruas) e a opção Grayscale, que é uma simples visão completa do mapa na cor cinza.

O Flightradar24 trabalha com um sitema chamado "Automatic dependent surveillance-broadcast", conhecido pela sigla ADS-B

ADS-B é uma tecnologia de vigilância cooperativa para rastreamento de aviões. As aeronaves determinam sua posição através de GNSS e periodicamente transmitem esse sinal através de uma freqüência de rádio. ADS-B é uma das tecnologias selecionadas como parte da Next Generation Air Transportation (NextGen). 

ADS-B consiste em dois sistemas diferentes, "ADS-B Out" e "ADS-B In". O que se espera é que substituirá o radar como o método primário de vigilância para controlar aeronaves em todo o mundo. ADS-B aumenta a segurança, tornando aeronaves visíveis em tempo real. Dados ADS-B podem ser gravados e baixados para a análises pós-vôos. ADS-B também fornece a infra-estrutura de dados para rastreamento e planejamento de voos com baixo custo.

"ADS-B Out" transmite periodicamente informações sobre cada aeronave, tais como identificação, posição, altitude e velocidade, por meio de um transmissor a bordo. ADS-B Out fornece aos controladores de tráfego aéreo informações em tempo real de posição que estão, na maioria dos casos, mais precisas do que as informações disponíveis por sistemas atuais baseados em radar. Com informações mais precisas, será possível posicionar e aeronave separadamente com maior precisão de tempo e espaço.

Todos as aeronaves equipadas com este aparelho estão incluídas no sistema. No entanto somente 50% da frota comercial mundial está de fato equipada com esta tecnologia. Isso significa que milhares de aeronaves estão em atividade nos céus e não podem ser vistas no Flightradar. Fora isso, ainda existe todo o universo da aviação privada e militar, a qual também não está ainda efetivamente inclusa no sistema. Ou seja, se você ver uma aeronave no céu e não a encontrar no Flightradar, não se preocupe, não é uma aeronave clandestina da CIA, é somente um avião que está fora do sistema.

Mas aí você indaga: Aviões não geram trilhas de condensação persistente, elas somem rapidamente. Pois bem isso não é verdade. Isso é senso comum. vamos compreender um pouco mais sobre a dinâmica das contrails:



Compreender o vasto e complexo universo das nuvens e o seu comportamento, já é uma tarefa prodigiosa. No entanto, compreender a dinâmica existente entre o universo da meteorologia física (atmosfera + nuvens) e o universo da aviação, é uma tarefa muito maior. Entender os fenômenos atmosféricos gerados pela aviação requer compreender antes a complexa dinâmica atmosférica, ou seja, compreender as nuvens em minuciosos detalhes.

Existem 10 tipos mais gerais de nuvens, distribuídas em três faixas no céu. Um primeiro grupos de nuvens, denominadas Cumulus, ocupam a primeira faixa do céu ( de 0 a 2 km), são as nuvens BAIXAS. O segundo grupos de nuvens, onde estão contempladas as Altocumulus e Altostratus, situa-se na segunda faixa (de 2 a 6 km), são estas as nuvens MÉDIAS. E por fim, na faixa mais alta do céu (de 6 a 18km), encontram-se as nuvens ALTAS, conhecidas como Cirrus.




As nuvens baixas (cumulus, stratocumulus, straus, nimbostratus) são normalmente compostas por gotículas de águas. As nuvens médias (altocumulus e altostratus) são compostas por gotículas de água e gelo. E as nuvens altas (cirrocumulus, cirrostratus, cirrus) são compostas somente de partículas de gelo. Por conterem gelo em sua composição, as nuvens médias e altas estão sujeitas aos fenômenos iridescentes, como nuvens coloridas (foto), halos solares e parélios. 


Aviões não transitam com frequência pelas regiões baixas do céu (de 0 a 2km), pelo contrário, o trafego comercial que congestiona os céus do mundo inteiro ocorre nas regiões mais altas da troposfera, em torno de 10 a 12 km de altitude. Local este de formação das nuvens cirrus, cirrocumulus e cirrostratus. Trata-se de uma região com temperaturas baixíssimas (-50º), onde a umidade é convertida em cristais de gelo suspensos na atmosfera. É nesta região que transitam os aviões em altitude de cruzeiro. Sendo assim, os gazes que saem em alta temperatura (300°C) das turbinas, ao entrarem em contato com o frio extremo, transformam-se em cristais de gelo. Isso, porém, não acontece sob qualquer circunstância. O ar precisa estar a uma temperatura de pelo menos 35ºC negativos O avião tem que voar a pelo menos 10 quilômetros de altura, se estiver nas regiões equatorial ou temperada, ou a 5 quilômetros, nas de clima mais frio. Além disso, a umidade relativa do ar deve estar em torno de 65%. Se, além das circunstâncias favoráveis, já houverem cristais de gelo suspensos na atmosfera (nuvens cirrus, ou cirrostratus), eles se juntam ao rastro da aeronave. Assim, a trilha pode crescer e ficar no ar por várias horas.

As condições atmosféricas nesta região mais alta da troposfera são extremamente peculiares. Nas regiões baixas, as nuvens (cumulus) são compostas por gotículas de água e não por cristais de gelo e o trafego de aeronaves não é intenso, por isso não é comum ver grandes fenômenos manifestarem-se nessas regiões. Pelo contrário, nas regiões altas (de 8 a 12 km) temos uma série de condições (temperaturas a baixo de 50°C, umidade em 65%, trafego aéreo intenso, etc) que possibilitam o surgimento de uma série de fenômenos intrigantes aos olhos dos estudiosos, curiosos aos olhos dos leigos, e amedrontadores aos olhos dos conspiracionistas.


O aumento violento da frota mundial de aviões nos últimos 30 anos, e a crescente explosão tecnológico informativa, assim como a globalização e o imediatismo de informação, fez nascer na internet um mito centrado na ideia de que estamos sendo vítima de um mega projeto global de pulverização clandestina. Na verdade o nome deste site aqui ainda é "chemtrailbrasil", pois sim, infelizmente nós também já fomos um dia crentes no mito da pulverização global. Felizmente, o entendimento nos libertou deste engano. Sinto estar lhe dizendo isso, mas depois de cinco anos estudando detalhadamente (dentro e fora da internet) os "rastros químicos", descobrimos, assim como muitos outros, que o fenômeno das trilhas no céu não se trata daquilo que acreditávamos. No entanto, como tantos outros, fomos banidos do grande grupo de chembelievers. Bem seja como for, não se trata mais nesta postagem de dar explicações sobre a inveracidade da teoria dos chemtrails. Isso nós já fizemos em mais de 40 postagens aqui no blog. Não estamos mais tão preocupados em acordar os crentes da conspiração, a maioria deles jamais irá perceber a realdade. Nesta postagens queremos é seguir em frente, ou seja, estudar e compartilhar os resultados sem se preocupar com o que os "chemcríticos" irão pensar. O mundo, as pessoas precisam saber a verdade sobre os rastros no céu. Precisam angariar conhecimento científico e metódico sobre meteorologia física e aviação. E nesta postagem é isso que já estamos fazendo: Revelando o fenômeno tal como ele é e  não conforme o senso comum deseja que ele seja.

As pessoas freqüentemente tem vários equívocos sobre rastos de condensação. O equívoco mais comum é achar que os rastros sempre se dissipam rapidamente, e não podem persistir e se espalhar. Existem também vários outros equívocos - como afirmar que rastros com lacunas são impossíveis, ou que outros fenômenos como rastros coloridos, ou rastros que acontecem à frente das mudanças climáticas, ou rastros circulares não podem ocorrer.

O livro de 1981 o "Guia de Peterson Field para a atmosfera" demonstra claramente que o comportamento de rastros de condensação é muito mais complexo do que a ideia que permeia o senso comum:


"Os rastros são estabelecidas pelo jatos comerciais que normalmente voam a partir de 10 km a 13 km (32,800-42,600 pés), onde as temperaturas varia de -30 ° C a -65 ° C (-22 ° F a - 85 ° F). Esta é a região da troposfera alta ou a baixa estratosfera, leva muito pouco de água a estas temperaturas, para produzir uma condição de saturação ou supersaturação. Entre esses dois extremos encontram-se todas as possibilidades de as muitas variações no padrão que ocorrem. Umidade em altitudes elevadas, muitas vezes avança através do céu em línguas ou padrões irregulares, grandes e pequenas. Assim rastros pode ser visto em segmentos desiguais de crescimento e dissipação."

Na sequencia de fotos abaixo, da década de 80, podemos ver algumas das clássicas formações de contrails. Estas formações sempre existiram, e estas fotos revelam este fato. Rastros de condensação podem sim se tornar permanentes no céu.





A Ciência dos rastros de Condensação

Os rastos ou trilhas de condensação (contrails) são nuvens que se formam no rasto de um avião em altas altitudes quando a atmosfera, ao nível do voo, está suficientemente fria e úmida, e a temperatura do ar é suficientemente baixa para fazer com que o vapor de água congele instantaneamente, formando um rastro de cristais de gelo.

Quando de formação recente, têm o aspecto de riscos brancos brilhantes; mas, ao fim de pouco tempo, apresentam protuberâncias pendentes (mammatus), com a forma de cogumelos invertidos. Muitas vezes, a existência desses rastos é curta, mas, particularmente quando há presença de Cirrus ou de Cirrostratus, eles podem persistir durante várias horas.

Contrail com protuberâncias Mammatus
Os rastos persistentes alargam-se progressivamente e transformam-se, muitas vezes, em grandes bancos felpudos ou fibrosos, tendo o aspecto de Cirrus ou de bancos de Cirrocumulus ou Cirrostratus; com efeito, é, às vezes, muito difícil fazer a distinção entre as nuvens desses gêneros e os rastos de formação expandida.

O fator principal que intervem na formação dos rastos de condensação é o resfriamento dos gases de escoamento que, em consequência da combustão do carburante, tem um forte teor de vapor de água.

Há o caso também em que aviões passam por uma camada de nuvem e provocam uma dissipação de parte dela, fazendo um efeito contrário ao rastro de vapor, ou seja, um "corredor de céu limpo” (trilha de dissipação ou distrail) em meio a uma camada de nuvens. Muito raramente, um distrail pode se transformar em um buraco de nuvens: um grande buraco elíptico em Altocumulus com uma virga no meio (os buracos fallstreak). Abaixo, fotos de trilhas de dissipação. Clique para ampliar.


O mesmo processo que leva ao surgimento de uma Distrail (trilha invertida), é também responsável por um intrigante fenômeno chamado "fallstreak" ou Skypunch. É uma grande abertura circular que pode aparecer em nuvens Cirrocumulus ou Altocumulus.

Esses buracos são formados quando a temperatura da água nas nuvens está abaixo do congelamento mas a água não congelou ainda.

Quando uma porção de água inicia o congelamento, desencadeia um efeito dominó, fazendo o vapor ao redor dele congelar e assim cair para o solo. Isso deixa um grande buraco, muitas vezes circular, na nuvem

Cirro-cúmulus
A tendência na natureza é em formar círculos, se o buraco for quadradinho perfeito aí sim, corra lola corra! Piadas à parte, Os buracos também costumam apresentar, por vezes, nuvens mais baixas na região central. Uma explicação seria que a precipitação que origina o buraco cria uma nova descompressão ao cair, com o vácuo atraindo as nuvens próximas para o centro e para baixo (figura abaixo). Outra explicação é que a perturbação causada pela precipitação, de alguma maneira, geraria a formação de novas nuvens.

precipitação de gelo em Skypunch
Os enormes buracos se formam em determinados tipos de nuvens, mais concretamente nos cirro-cúmulos e altos-cúmulos. Até à data são pouco conhecidos e muitas vezes foram confundidos ou atribuídos a Ovnis, mais isso está muito longe da realidade. A natureza do nosso planeta ainda tem muitas surpresas por descobrir, e esta é uma delas.

Estes skypunch geralmente apresentam uma forma circular ou elípticas e são um espetáculo para a vista. Apesar disso, também podem esconder um perigo, que é poderem gerar uma breve mas intensa chuva de cristais de gelo, algo que felizmente é apenas ocasional. O destino dos cristais de gelo pode ser o solo, ou então evaporarem-se antes de chegarem ao chão, dependendo da temperatura ambiente.

É muito provável que a origem destes buracos no céu sejam os cristais de gelo deixados pela passagem dos aviões, devido à diferença de pressão produzida pelas suas asas e que formam longas cadeias destes cristais na sua esteira, os quais se precipitam e caem, atravessando as nuvens e provocando esta interessante reação (figura ao lado). O processo é semelhante ao usado na semeadura química de nuvens, em que a dispersão de partículas sólidas, geralmente de iodeto de prata ou de gelo seco (CO2), provoca a condensação das gotículas de água, desequilibrando a estrutura da nuvem e forçando a chuva a cair. No caso dos aviões, sua passagem diminui abruptamente a temperatura do ar atrás das hélices ou acima das asas, fazendo com que as gotículas congelem espontaneamente. Isso forma os cristais de gelo que servem como núcleos de condensação, dando início – literalmente – a um processo em "bola de neve" que produz buracos ou canais nas nuvens que continuam a se expandir durante horas, aumentando a precipitação dentro e abaixo delas.

processo de bergeron figura 5
Os buracos nas nuvens formam-se quando estes encontram temperaturas abaixo de zero, mas a água que contêm não chega a congelar por se produzir um fenómeno de sobrefusão (quando um líquido está abaixo da sua temperatura de congelação mas sem chegar a solidificar-se), pois não existem “núcleos semente” para iniciar o processo de congelação. A partir do momento em que se formarem os primeiros cristais, irá iniciar-se uma reação em cadeia que irá evaporar as gotas de água que rodeiam estes cristais (processo de Bergeron - figura 5), formando então o característico vazio circular na nuvem.


Um dado curioso é que, como estamos lidando com cristais de gelo, iremos sempre ver este fenômeno acompanhado de Halos Solares e principalmente, Parélios (sundogs). Como podemos ver nas figuras abaixo.

Na foto abaixo vemos uma trilha de escape de um jato que produziu uma pista clara em torno de si à medida que passou através de partículas de gelo da nuvem altocumulus. A exaustão causada transformou a nuvem altocumulus em goticulas de água, para depois congelar-se em cristais de gelo, que depois cairam como a neve, deixando a pista clara ao redor de si mesma.


É o mesmo processo pelo qual são criadas as trilhas inversas (distrail). No caso da foto abaixo, vemos claramente que o avião cruzou a camada cirrocumulus fazendo surgir a trilha inversa. 





Cirrostratus
Os dias mais propícios para formação de trilhas persistentes sem dúvida alguma são os dias de formação de cirro-estratos. São as nuvens finas que cobrem a totalidade do céu, causando uma diminuição da visibilidade (foto). Como a luz atravessa os cristais de gelo que as constituem, dá-se refracção, dando origem a halos e/ou sun dogs. Na aproximação de uma forte tempestade, estas nuvens surgem muito frequentemente e portanto dão uma pista para a previsão de chuva ou neve em 12 - 24h.

Cirrostratus são nuvens altas (acima de 6 km) com a aparência de um véu muito fino, esbranquiçado e transparente, de algumas centenas de metros de espessura, que pode chegar a cobrir o céu todo. Desenvolvem-se a partir da fusão de Cirrus ou de elementos de Cirrocumulus ou também pela expansão da bigorna de uma Cumulonimbus, e são formadas por cristais de gelo.

Na aproximação de um sistema frontal, as Cirrostratus muitas vezes começam como nebulosus e posteriormente se transformam em fibratus. Se as Cirrostratus começam como fibratus, muitas vezes significa que o sistema frontal é fraco. Sua presença indica uma grande quantidade de umidade na parte superior da atmosfera.

Abaixo podemos ver uma sequencia de fotos onde vemos a cortina de Cirrostratus, o Halo solar formado pela passagem do sol por ela, e as trilhas de condensação persistente geradas por aviões ao transitar por este ambiente característico. 










Um outro caso interessante para analisarmos são os das Nuvens Cirrus Vertebratus, tendo em vista que são, muitas vezes, formadas pela expansão de rastros de condensação deixados por aviões a jato.

Cirrus vertebratus é um tipo de Cirrus. O nome vertebratus é derivado do Latim, e cujo significado é Vertebrado. Como nas nuvens Cirrus intortus, as do tipo vertebratus é exclusivo para os do gênero cirrus. As nuvens Cirrus vertebratus dão a impressão de vértebras da coluna, costelas ou esqueleto de um Peixe.

Este tipo de cirrus é uma forma incomum, e ela é formada pela corrente de ar que se move paralelamente á nuvem principal. As lacunas nas nuvens se formam devido á uma corrente de ar descendente, enquanto que as costelas ou vértebras se formam devido á correntes de ar ascendentes. Suas formações geralmente ocorrem nos rastros deixados pela passagem de um avião a jato.


Seguem abaixo algumas fotos:



















Você ainda tem dúvidas? Não se preocupe, lendo as artigos abaixo não lhe restarão mais dúvidas:

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Podemos estar errados, mas cremos que estamos no caminho certo.

abraços a todos.

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